terça-feira, 28 de julho de 2009

Minha 1ª postagem - Largada 2000

O AN Cidade de Quarta-feira, 4 de Outubro de 2000
traz uma reportagem sobre o Largada 2000, projeto que participei em minha escola EEB Professora Gertrudes Benta Costa.
Jovens oferecem reforço escolar
Eles participam como voluntários do Programa Largada 2000, ensinando com vontade e paciência Oliver T. Albert Gislaine de Salles tem 17 anos e dá aula para crianças de 1ª a 6ª séries do ensino fundamental do Colégio Estadual Professora Gertrudes Benta Costa, no Petrópolis. Ela é uma das voluntárias do Programa Largada 2000, desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) e que objetiva trabalhar a educação dos jovens. Além da garota, outros adolescentes da escola ajudam a ensinar os estudantes de turmas inferiores nas 3ª e 5ª feiras.Gislaine entrou para o programa após ser convidada pelo noivo, também voluntário. Segundo a adolescente, o companheiro gostou tanto de participar que a convenceu a ajudar as crianças da instituição. "Não hesitei e resolvi participar. Estou amando conviver com pessoas mais novas e também aprendo muito conversando com elas", diz, informando que está desde abril deste ano como voluntária.A jovem professora ensina Jaiane da Silva, de dez anos, da 2ª série do ensino fundamental. Jaiane diz que comparece em quase todas as aulas e que presta atenção nos ensinamentos dos voluntários. "Mas tem dias que eu não venho porque tenho preguiça", disse. Segundo ela, as principais dificuldades são com as disciplinas de português e matemática. "Principalmente o português", enfatizou. Jaiane afirmou, porém, que adora estar com os adolescentes e garante que sentiria falta caso o projeto acabasse.Além dos ensinamentos básicos das matérias de português e matemática, os alunos brincam com os adolescentes, que também estudam no Colégio Gertrudes Benta Costa. Jogos como dominó, memória e quebra-cabeça são os preferidos das crianças. Segundo a voluntária Kátia Regina Eger, 22 anos, as brincadeiras ajudam a incentivar os mais jovens.Kátia explica que as crianças não gostariam de estudar nesses horários que passam juntas, "pois elas permanecem a manhã inteira escutando o professor e devorando livros". Para a voluntária, os jogos e a leitura de livros infantis são relaxantes e aumentam a vontade dos alunos. Ela fala ainda que o programa desenvolvido pela escola faz as crianças mudarem de comportamento. Ela cita alguns casos de alunos que se tornaram mais calmos e compreensivos após quatro meses de trabalho. Um desses casos é Joelson da Rocha, dez, da 3ª série do ensino fundamental. "Ele é um menino agitado, mas antes era pior. Hoje, ele brinca com todos e é mais compreensivo", diz Kátia. "Eu concordo. Eu gosto muito das minhas professoras também vou sinto falta quando não tem aula", disse o garoto.Para a orientadora educacional Selma Castro da Silveira e a educadora Jucilene Maria Dominiak, ambas do Gertrudes Benta Costa, os alunos são encarregados do reforço escolar. Segundo elas, os adolescentes não têm um conceito técnico sólido, "mas possuem vontade e paciência". "Eles são os protagonistas da programa. Nós nos restringimos a apenas acompanhar", diz Selma. No total, são cem alunos no programa da escola, que iniciou em abril deste ano.